Historial Completo
Encerrado para Obras é uma Companhia itinerante de Teatro e Música criada em Coimbra em 1995, atualmente sediada em Casal de Ermio, Lousã.
Desde sempre, a companhia tem lutado pela democratização da oferta cultural, criando espetáculos itinerantes de elevada qualidade artística que têm enriquecido de forma notável o imaginário de várias gerações de norte a sul do país.
Em 28 anos de existência a companhia:
– criou 50 produções originais nas áreas do teatro, música e animação de rua;
– apresentou espetáculos em mais de 160 concelhos de norte a sul do país (incluindo 3 deslocações ao Arquipélago dos Açores) realizando um total de 2500 apresentações
– realizou parcerias com muitas dezenas de entidades relacionadas com a promoção do conhecimento científico, nomeadamente Centros Ciência Viva e Museus
– organizou ações de formação e eventos diversos em vários concelhos da região centro.
A companhia apresenta habitualmente os seus espetáculos no estrangeiro, tendo já atuado em festivais em França, Espanha, Itália e Roménia.
LINHA ESTÉTICA
Em vinte e oito anos de atividade ininterrupta, a companhia desenvolveu uma linha estética própria, eis algumas das características que melhor a definem:
– criação dramatúrgica, musical e plástica original;
– fusão de linguagens artísticas, nomeadamente o teatro e a música;
– humor, interação com o público e improviso;
– transversalidade dos conteúdos e dos públicos;
– qualificação e multidisciplinaridade dos intérpretes
– invenção de máquinas de cena únicas com mecanismos originais verdadeiramente sui-generis
ARTES DE RUA
Desde cedo conectada com a animação de rua (remonta ao ano de 1998 a primeira produção nesta área), a companhia adquiriu maior visibilidade neste campo desde 2015, ano em que o diretor da companhia criou o projeto Da Cruz One Man Band, o único homem-orquestra deambulante no nosso país. Na senda do sucesso deste projeto, o grupo criou outro dispositivo musical sui-generis em 2017, A Chiclateira. Estes espetáculos têm corrido o país de norte a sul, contando também mais recentemente com apresentações no estranjeiro. A estes projetos veio juntar-se Boldie & Cloide em 2019, uma divertida viagem musical aos loucos anos 20. Para o ano de 2024 está planeada a montagem de mais uma geringonça totalmente única, a BICICLÉTICA, uma bicicleta ecológica, cem por cento autónoma, munida de um painel solar e de 5 cremalheiras que acionam diferentes dispositivos (uma máquina de lavar, um estendal giratório, uma picadora, entre outros).
TEATRO E CIÊNCIA
Desde 2005, a Encerrado para Obras tem vindo a desenvolver a interface Arte e Ciência, tendo criado 10 espetáculos originais inspirados em temáticas científicas (Física, Clonagem, Luz, Geografia, Energias Renováveis, entre outras). A maior parte destas produções foram desenvolvidas em colaboração com Centros de Ciência Viva, Museus e Municípios.
Mais recentemente, destacam-se 3 projetos que continuam em carteira e sã apresentados com certa regularidade em vários locais do país:
– O Pai Natal Orquestra (2014), um concerto que é também uma aula de Geografia;
– Quimicomic (2019), uma comédia musical com muitas reações químicas em palco;
– O último que acenda a Luz (2023) a mais recente produção que aborda a temática da Energia.
OUTRAS ATIVIDADES
A companhia tem desenvolvido regularmente atividades diversas na área da formação artística com destaque para:
– Cursos de iniciação ao teatro;
– Malabartes – Oficinas de Malabarismo;
– Obras Feitas – grupo de Teatro da Cercipenela, dirigido e idealizado pela companhia entre 2009 e 2019;
A companhia organizou 4 edições do Festival Encontros do Pé na Rua, em Penela, entre 2008 a 2011.
A companhia editou 5 CDs musicais:
– Os Narigudos (Coimbra, 2003),
– Oh OH OH A Caixinha de Música (Penela, 2008),
– A Chiclateira (Penela, 2018)
– A Química do Amor-Canções do Espetáculo Quimicomic (Lousã, 2022)
– Memórias de Água Doce (Lousã, 2023)
Ao longo da sua história a companhia obteve apoios anuais e pontuais da DGArtes em diversas ocasiões. Atravessando uma fase de grande dinamismo, no ano de 2022, a companhia conseguiu apoio da DGArtes nos 3 projetos a que se candidatou, nomeadamente:
– CD A Química do Amor
– projeto de teatro O último que acenda a luz
– o projeto comunitário de Arte e Envelhecimento Ativo, Voz dos Avós da Nascente até à Foz, que contemplou uma vasta recolha de histórias junto da população sénior, a edição de um CD com 12 canções originais, um filme, uma exposição de pintura e inúmeros concertos.
Desde que se encontra sediada na Lousã, a companhia tem trabalhado ativamente com a comunidade, tendo em curso vários projetos que contam com a colaboração da autarquia local e autarquias vizinhas, bem como mais de uma dezena de IPSS.